sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Resenha de 2011

Final do ano é isso, todo mundo fechando o inventário do ano que acaba. Comigo não foi diferente.

Em 2011 eu não cumpri todas as metas que queria, nem realizei todos os desejos, mas é assim que é legal, senão ficamos perdidos e sem objetivos (acho que é por isso que as pessoas vivem prometendo coisas que sabem que jamais irão cumprir). Tive muitas decepções, porque a vida sem elas é chatinha, alguns arranca-rabos com gente sem noção, umas inspirações brutais, umas mágoas fenomenais, mas só. Os sorrisos, apesar de raros, foram verdadeiros e intensos. As lágrimas também.

No final de ano a gente deveria pôr as decisões na balança e ver o que deu certo e o que deu errado, ou que não deu, mas não quero fazer isso. Sei que, por mais idiota e nonsense alguma delas tenha sido, tudo caminhou junto para chegar no final do ano; sem arrependimentos, nem ignorância, apenas o sentimento de 'é isso aí', de dever cumprido. E o mais legal é que, mesmo sabendo de coisas que não deveria ter feito, e coisas que deixei de fazer, não consigo me arrepender de nenhuma delas. Fica só a vontade de fazer as coisas que gostaria e não fiz, mas isso é para 2012.

Enfim chega a parte que mais gosto.

Em 2011 li cerca de 50 livros. Sim, média de um por semana. Às vezes mais. E de todos eles o melhor sem dúvidas foi 'A Hora da Estrela', de Clarice. Não por que eu gosto, nem por que me identifico com Macabea, mas sim porque eu sempre quis ler esse livro. Eu tive outras chances de o ler, mas não era a hora ainda. É como comer manga verde: come-se, mas sempre fica algo que não conseguimos digerir. E se a manga amadurece no mês seguinte, por que eu deveria colher hoje? Eu não quero digerir nada pelas metades e ficar com azia.

Nos filmes, eu vi alguns bem legais. Ok, eu vi mais de 30 filmes, todos legais; assisti uns que queria ver há tempos, revi uns que gostava, assisti outros. Deles, o que mais gostei foi 'O Livro de Eli' (Eli's Book). É o tipo de história que não emociona, não faz diferença alguma, mas mexe naquele pontinho dolorido onde a gente evita sempre tocar. Nos mais sensíveis causa reflexão, mas não necessariamente uma mudança. Só é um bom filme.

Na música, meu artista preferido é Rammstein, pelo conjunto da obra e a beleza dos integrantes hehe/, com atenção para a música Hailfish, do Liebe ist für alle da (2009). Esse ano eles lançaram o Made in Germany, mas não gostei dos singles dessa vez. Porém, o destaque principal vai para a banda Emigrate, de um dos guitarristas do Rammstein, Richard Kruspe. Descobri dia desses mesmo, mas ouço sempre que posso, com especial para 'New York City' e aquela sensação de rock moderno que ela me dá. Também gosto de Avantasia, mas aí é outra história.


Na vida, a coisa mais emocionante foi minha redação para o PAS, a qual eu temia mortalmente e terminei rindo com a sensação de 'sou foda \m/'. A segunda coisa mais emocionante foi comprar coisas que eu queria há muito tempo, o quê não vem ao caso. Senti aquela sensação boa de que não sou tão inútil quanto as pessoas podem me crer.

E a trilha sonora do ano é:






E eu juro que não vou desejar um feliz 2012 para ninguém.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Halloween Party


É uma coletânea com músicas de diversos artistas, entre eles Rammstein, Marilyn Manson e a banda tupiniquim Shaman, com a música mais foda da cena metal-melódica brasileira, Fairy Tale. Não encontrei  links para download que funcionassem, então, fica o link Rádio Uol, aonde é possível ouvir o álbum inteiro de graça e sem congestionar o HD da máquina.

Ignis Orbis - círculo de fogo

SIM, FINALMENTE! É inacreditável, mas, sim! Sim, sim, sim! Ele abriu!




Quase dois anos de árdua luta e reformulação de ideias, conceitos e plot, mas finalmente posso dizer que meu bebê está alerta e operante. Sintam-se todos convidados ao jogo, mesmo os que não conhecem o sistema de RPGs. Qualquer dúvida é só perguntar no próprio board (clique na imagem) ou nos comentários.
Atenção e orgulhinho especial para os gráficos, feitos por essa (nada) humilde alma com o shoot er.wachen by Silent Order no www.deviantart.com e patterns e efeitos by Jaqii, não tenho ideia de onde baixei o pacote onde vieram. xP

Sobre o plot, a ideia original veio do Lucas e da Alexiel, que completam o time da administração, e eu moldei a ideia ao que já tínhamos: a Valkyrie, localizada no deserto siberiano, é uma instituição de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia, criada há séculos por um grupo restrito de iminentes papais. A trama gira em torno da instituição e o sumiço de um instrutor, John Keller, um crítico da hierarquia da casa, que fez um discurso de teor suspeito no dia antes de desaparecer. Mais detalhes do plot aqui.

E bom, gogogog fazer suas fichas *-*

domingo, 25 de dezembro de 2011

De volta às raízes

Eu realmente não sei o que se deu. Juro. Eu quase prometi publicamente que nunca mais escrevia fanfiction, mas não sei o que aconteceu hoje (25/12).

Eu estava arrumando minha conta no Nyah!, salvando histórias e tudo mais, quando vi uma história antiga, escrita para o Segundo Challenge da comunidade orkutiense Minhas Fanfics Severus Snape, há séculos. Com ela eu ganhei o Melhor Romance (momento owns sz'), mas só. E confesso, eu não a fiz para ganhar nada, foi mais por diversão mesmo. E daí, relendo, me veio a ideia da nova fic, O Mestre (na Floreios e Borrões é necessário cadastro gratuito para leitura), baseada na ideia da anterior: cartas.

O Mestre fala sobre obcessão, conflitos de interesse, medos, descobertas... é bem típico meu, mas também é um romance daqueles gostosos de ler, levinhos. Prometo que tentarei manter a classificação como G (viciada em NCs), para não desvirtuar a história.
As personagens principais são Ela (Hermione) e O Mestre (Snape), dois membros de um fórum de discussões que entram em conflito. E bom, leiam e descubram :3

Primeiro capítulo já postado. E olhem essa capa fofynha que eu fiz (cliquem para ver maior):


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Fim de Ano

Tem pessoas que adorariam que houvesse dois fim de ano por ano (?), mas para mim é sempre um pé no saco. Eu não curto fins de ano, nem o especial da Globo (ouvi boatos de que esse ano não haverá, aleluia), e não vejo muitos motivos para comemorar se Jesus era ariano e não de capricórnio. Sim, mas e o ano novo? Ah gente, fala sério: você gasta uma nota para fazer simpatias nas quais nem acredita. Compra comida para um batalhão e come só sete uvas pra dar sorte. Calcinha rosa para o amor, amarela para o dinheiro.

Minha vontade é mesmo a de explodir o planeta, porque os fogos assustam minha cadelinha e eu, de qualquer forma, preciso ficar sentada lá fora vendo as pessoas se divertirem e encher a cara. Sóbria. O mais legal.

Mas nem sempre foi assim. Antes, era pior.

Natal, as pessoas dizem, é tempo para renovar as esperanças, para ser feliz e coisas assim, não é mesmo? Mas não é isso que eu vejo. O que eu vejo são pessoas cada vez mais mesquinhas, mais pobres, mais ignorantes. Elas gastam muito dinheiro para ter uma mesa farta, quando há pessoas que mal têm o que vestir nesse verão (inverno). Dia desses, mesmo, recebemos uma carta de um garoto chamado Leandro. O que ele pedia não era um computador, nem um carrinho, nem qualquer coisa que crianças deveriam pedir. O que ele pedia? Um rodo de banheiro, dois quilos de linguiça e uma garrafa de coca-cola. Só.

Bom, eu ri. Sim, eu ri. Ri não porque eu não gosto de coca-cola ou de linguiça, mas sim porque ele teve a inocência de pedir ao Papai Noel. Eu nunca tive isso. Essa fé de que no Natal as pessoas se tornam boazinhas e doam coisas, porque como diz o Chris: as pessoas também sentem fome no dia da independência. Porque então, somente no Natal devemos dar-lhes o que comer, o que vestir, o que acreditar? Pode ser um pensamento pessimista, pois eu sou pessimista, mas as pessoas são boazinhas no Natal porque papai e mamãe ensinou. É como quando adestramos um cão: dá-se um biscoito se ele faz a coisa certa. E eu acho isso ridículo.

E por isso aqui vai o meu desabafo, ignorado e resignado:



Natal,
você está fazendo isso errado.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Trampa

Banda daqui de Brasília mesmo, nascida em 2006 com André Noblat (vocal), Gustavo Costa (bateria), Pedro Cardoso (baixo), Rafael Maranhão (guitarra) e Ricardo Marinho (guitarra), mistura letras poéticas e melodias que vão do legítimo Rock'n' Roll ao que considero pop, tem ganho destaque no cenário nacional. Já abriu shows do Skank e várias outras bandas pelo Brasil e ficou entre as cinco vencedoras nacionais do Gas Sound.

Em novembro passado fui no show deles aqui em Brasília, dia 01 de novembro, da turnê Trampa Sinfônica iniciada em 2008 em parceria com o maestro Sílvio Barbato. Eles já haviam tocado em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e fechavam o ano aqui, na cidade deles. Coisa mais linda. Pessoalmente, achei o som bem pesado, mas a mistura com a música erudita fez uma combinação muito perfeita. Com destaque para a música 'Te Presenteio com a Fúria', que abriu e encerrou o show. Abaixo o clipe Haiti.





sábado, 12 de novembro de 2011

Um certo capitão Rodrigo

Erico Veríssimo, 1949
Editora Globo
Sinopse: Quando Rodrigo Cambará surge no povoado de Santa Fé, em outubro de 1828 - a cavalo, chapéu caído na nuca, cabeleira ao vento, violão a tiracolo -, parece chamar encrenca. Com a patente de capitão, obtida no combate com os castelhanos, é apreciador de cachaça, das cartas e das mulheres. Homem de espírito livre, não combina com os habitantes pacatos do local, mantidos no cabresto pelo despótico coronel Ricardo Amaral Neto. Mas depois de conhecer Bibiana Terra, nada convence Rodrigo a arredar o pé da aldeia. Nem a aspereza de Pedro, pai de Bibiana, nem a zanga de coronel, que não vê com bons olhos os modos do capitão. Nem mesmo o fato de a moça ser cortejada por forasteiro. Rodrigo, porém, está apaixonado, e quer casar-se. Como ele mesmo diz, não tem medidas, "é oito ou oitenta".
Para o capitão Cambará, é matar ou morrer, num descomedimento que sugere o descortinar de uma crise anunciada. Descrente dos valores prefixados sejam eles impostos pelo governo ou pela Igreja, Rodrigo é insubordinável: "Se Deus fez o mundo e as pessoas, Ele já nos largou, arrependido".
Faz parte do romance 'O tempo e o Vento', divido em três partes (O Continente, O Retrato e O Arquipélago - 1949, 51 e 62, respectivamente). Não sei de qual deles faz parte esse fragmento, mas creio que por conta da minúcia, esteja distribuído por todos eles.

Tenho esse livro há alguns meses, mas admito, retardava ao máximo a sua leitura, porque logo no começo a história mostra o ritmo que terá durante toda a sua duração: lento. Bem lento. Talvez por isso no skoob haja tantos abandonos. A história em si não é das mais atraentes no quesito enredo, porque apenas fala de um aventureiro que chega a uma cidade quieta em busca de briga, que se apaixona por uma das moradoras, que vem de guerras em busca de paz e coisas assim.
Sendo cruelmente sincera, o livro é chato, mas é uma boa leitura para os que gostam de romance histórico nacional. Se não me engano, é sobre a guerra dos farrapos no Rio Grande do Sul, em 1835.
Bem, não há nada mais que possa dizer sobre o livro, então é isso. Só para que gosta desse tipo de romance.

Mein Land

É esse o nome do novo single da banda de tanz metall Rammstein. O clipe foi lançado ontem (11/11/11) pela manhã no site da banda, com a direção de Jonas Akerlund (Mann gegen mann e Pussy).
Dias antes 11 minivídeos haviam sido lançados como prévia.

Gostei especialmente desse:




Sobre o single, eu achei a letra enjoadinha, mas é legal. O clipe ficou divertido, especialmente a cena em que o vocalista, Till Lindemann lindo e tesão, vai correndo socorrer alguém que se afoga. É meio incrível que ele tenha aquele físico em vias de 50 anos, mas isso não é o principal.
A melodia, ao contrário da letra, muito me agrada, e apesar de Mein Land ter vazado alguns dias antes do lançamento, continuo achando que a propaganda do 11 foi muito bem feita em torno da música (para quem não notou, todos os álbuns studio deles têm sempre 11 músicas).

Como fã da banda, surtei quando encontrei o vídeo no meu e-mail. Não é a obra prima do Rammstein, que reservo para Mein Teil, mas é muito bom. *-*


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

KaFKa e a marca do corvo

Bem, faz algum tempinho que não posto resenhas aqui, então aqui vai uma fresquinha de um livro que muito me agradou.


Jeanette Rozsas, 2009
Editora Geração

Sinopse: Biografia romanceada de Kafka, onde a autora pesquisou durante anos, para se certificar de que a fidelidade histórica não sofresse o menor arranhão. E, numa parceria equilibradíssima, aliado ao cuidado da pesquisadora sempre esteve presente o talento da prosadora. A obra de Kafka — sua linguagem protocolar, os contos fantásticos e os romances claustrofóbicos, as cartas e os diários angustiados — marcou profundamente muitas gerações de escritores. Somente uma escritora muito apaixonada por essa obra poderia realizar este cativante romance biográfico. Jeanette Rozsas é essa escritora.

Começando pela capa do livro, que por sinal foi o que mais chamou minha atenção quando o vi na estante, ela é maravilhosa. É do jeito que eu imagino a capa de um bom livro de suspense, embora este seja uma biografia. A vida de Kafka, aos meus olhos e não apenas pela leitura do livro, foi uma ótima história de suspense.

Apesar disso, logo no começo do livro há algo que por muito, muito pouco, não me faz desistir de lê-lo: introdução. Eu sei que é algo bem comum nos livros clássicos, especialmente em biografias de figuras conhecidas, mas por favor, fazer uma introdução gigantesca (como é a maioria) na qual se conta quase tudo do livro é muito, digamos, anticlímax. Descobre-se quase tudo do livro numa introdução longa.
E por uma sorte muito grande a introdução de Kafka e a marca do corvo não é como Dom Casmurro ou Admirável Mundo Novo, cujas resenhas postarei em pouco.

O livro em si é a biografia romanceada de Kafka. É simples, básico. Não há grandes aventuras, como umas outras que já li, mas a vida dele tal como é contada é uma aventura daquelas reais, que acontecem a todos nós. Por outro lado, o livro cumpre exatamente a premissa, mas não surpreende. Acredito que a parte mais 'surpreendente' seja a da garotinha, no final, cujo relato já rendeu outro livro de contos.

O ritmo de leitura é tão bom, tão leve, que li-o numa noite só. Ao final, perguntei-me, contradizendo o que a autora diz no começo: Kafka era tão apático quanto você fez parecer? Não cheguei a conclusão alguma, pois não foi preciso. Li este livro como li vários outros, já que ele em nada se parece com aquelas biografias chatas que precisei ler noutros tempos.
Recomendo a todos como um exemplo de bom livro, boa escrita, boa leitura.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Versos soltos


  • Não entendo essa inquietação – ou medo, não sei – que o sexo provoca. Sexo é a nossa verdadeira face, porque não é inato, tampouco aprendido, é apenas instinto. E quando se domina o instinto, domina-se o mundo.

  • Não me peçam beijos ou declarações. Isso é para românticos. Meu negócio é vender o amor de verdade.

  • Eu escrevo não por amor ou necessidade, como os grandes poetas, mas tão somente por obrigação. Porque eu não viverei mais do que for preciso para ter o que me pertence, e enquanto isso eu vou me obrigando a viver.

  • Eu nunca termino o que começo. Terminar um livro é me render à ociosidade e isso eu não admito!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Comunicado

De novo, pessoas. E a frequência desses 'comunicados' me assusta.

A previsão era ficar com o antigo PC até conseguir comprar um novo, mas como nem tudo é como eu acho que deveria ser, dias atrás meu falecido PC veio a óbito por volta das 21 hs do dia 03 de outubro de 2011. Um minuto de silêncio, por favor. E, em consequência disso, ficarei sem PC (porque até tenho Internet, mas ok) por tempo indeterminado. Sabe Deus até quando.
E, bem, é isso.

Até o/

domingo, 2 de outubro de 2011

Brasileiros...

O Brasil é um país de inúmeras belezas, mas não é sobre isso que eu quero falar. Hoje enquanto checava meus feeds, encontrei esse link aqui, no MIB. Leiam o post e compartilhem da minha ira.
É por essa e por outras que algumas horas do meu precioso dia eu dedico odiando ser brasileira e compartilhar do idioma e regionalismos desse povo ignorante e preguiçoso. Sejamos sinceros, brasileiro não liga para se um senhor de idade morador de rua (que é bem diferente de ser mendigo, que fique claro) é humilhado ou se um policial mata uma criança numa favela do RJ. Mas é só mexer com a droga da opinião pública que o governo se mobiliza para fazer mutirões de construção.

Não é a primeira vez e infelizmente não será a última, e eu não sou um exemplo em relação a isso, mas adoraria que os "grandes" olhassem uma única vez que fosse, para os pequenos que eles esmagam enquanto galgam em direção aos seus privilégios de foro privilegiado. Os políticos só fazem políticas para eles próprios, esquecendo-se dos milhões que os acreditam e possibilitam que eles cheguem 'lá'.

Mas enfim, eu só quero ver a vergonha de 2014 e 2016 que vamos passar diante do mundo. Brasil é um país alegre, é fato, mas até quando a política do pão e circo vai funcionar e manter esse povo quieto, hein? 

sábado, 1 de outubro de 2011

Tarja Turunen

Uma das minhas vozes preferidas, sem dúvidas e, digamos, em quem me inspiro para grande parte do que faço. Tarja é ex-vocalista do Nightwish e hoje, aos 34 anos, segue uma carreira solo muito bem sucedida tendo lançado 3 discos solo mais 5 com o Nightwish. Admito que sempre a associo à antiga banda, mas seu trabalho solo não deixa nada a desejar, pelo contrário.

Uma das primeiras músicas que conheci com a sua voz foi Angels Fall First. Adorei e logo comecei a procurar outras músicas. Recentemente (sim, porque eu sempre pego as notícias velhas como novas) fiz o download do segundo álbum solo, My Winter Storm, e apesar de ter visto muitas críticas rotulando-o como "óbvio e nada criativo", gostei bastante. Ela explora sua voz muito mais do que quando ainda estava no Nightwish e isso dá aquele 'quê' especial.

A acho super talentosa e, apesar da fama de crazy bitch que veio com sua demissão do Nightwish, não consigo imaginá-la sendo uma viciada em dinheiro e, cá entre nós, ela pode se achar uma estrela porque é isso que ela é. Sim, isso é um depoimento de fã. Tarja é uma das minhas discografias mais frequentes na playlist, além de Rammstein é claro. Há algumas semanas fiz o download do novo álbum, What Lies Beneath, e toda noite durmo ouvindo-o. É ótimo! E alguns dias atrás sonhei com ela.
Porém, minha maior decepção foi não ter ido nos shows dela aqui no Brasil, um deles tendo acontecido aqui mesmo, na cidade do concreto e da corrupção, em março, creio; o outro foi no Rock in Rio, acreditem, no dia do meu aniversário. Eu tinha ótimos planos para invadir o camarim dela, cara! Nossa, teria sido um dos melhores dias da minha vida, BUT, como não rolou, ano que vem eu dou um jeito de fazer isso.

Enfim, ouvi (ironia detected) dizer que o show foi horrível, mas vendo uns vídeos, principalmente de Spread Your Fire e Phantom of the Opera, que eu adoro, concordo com todos que disseram que eles mereciam o palco Mundo. O Sunset foi brincadeira, fala sério.

É isso, até a próxima. o/

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A diferença entre Anjo e Amigo

Existem pessoas e pessoas. Algumas vêm quando nós precisamos, e costumamos chamá-las de amigos, mas que sempre somem quando não mais precisamos delas. Eu sou desses, aqueles que são chamados de falsos por terem uma alma muito maior e mais profunda do que os 'amigos' e não conseguem simplesmente permanecer ao lado de alguém quando outros chamam.
Há outras pessoas que precisamos, mas sequer nos damos conta de sua existência. É a essas pessoas que deveríamos recorrer, e não aos amigos, porque essas pessoas são os anjos, aqueles que se contentam com um resmungo de aprovação e não reclamam da nossa indiferença quotidiana.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Feliz aniversário!

Hoje, além de começo da primavera e abertura do Rock in Rio, é uma data de muita comemoração para mim. Fazem exatos três anos que comecei a jogar RPG (role playing game)! Apesar de ter passado desgostos mil, ainda assim é uma data de comemoração, porque foi através desse universo paralelo que aprendi muitas coisas e conheci pessoas que hoje, já não sei viver sem. Fiz amigos, inimigos, companheiros e algumas tramas, também.

Tive mais de quinze personagens e todos me marcaram, de forma criativa ou não. Desde as criancinhas até os adultos, os adolescentes bruxos, os trouxas, os semideuses e os mortais. Ganhei alguns apelidos, perdi algumas noites de sono na espera de um ataque no flanco, mas hoje eu consigo ver que tudo que passei aconteceu para que eu pudesse, hoje, ser tão diferente do que eu era. Considero que o saldo, entre olheiras e pontuação bônus, foi mais do que positivo.

E, em comemoração a essa data tão especial, venho agora anunciar um projeto bem antigo que entrou na fase de pós produção: Ignis Orbis - círculo de fogo. Junto com dois grandes amigos comecei esse projeto, que teve vários períodos e mudanças em igual quantidade. Bem, ainda não está liberada a criação de personagens, mas muito, muito em breve iremos saudá-los com nossos monstros e criaturas de universos alterativos.

É isso. Boa noite!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Skoob e a minha falta de memória

Skoob é uma rede social para compartilhamento de livros e coisas que tenham a ver com literatura. Eu não sei muito sobre essa incrível rede social (melhor que uns e outros por ai, rs), mas o que eu quero dizer é mais sobre mim do que sobre ela.

Eu tenho certeza de que a conta não está exata, porque eu mesma não me lembro de muitos títulos, mas, segundo consta em minha conta, cheguei feliz à marca dos cem livros lidos. Não há nenhum motivo para comemorar, na verdade, porque não acredito muito nas comemorações que temos por aí, mas é com um imenso prazer que venho dizer isso. Alguns duvidaram de que eu chegaria a algum lugar viajando nas palavras, muitos riram daquela garota antissocial que cabulava aula para ir à biblioteca, outros tantos deixaram que esses poucos "muitos" fizessem o que fizeram, mas nenhum deles é melhor do que eu nesse e em todos os outros momentos.

A leitura não é um hábito, é uma necessidade. Ela pode não ser das atividades mais lucrativas a curto prazo, mas os bens que ela traz são muito maiores e melhores do que qualquer coisa que possamos investir. Até mesmo a loteria.

nunca vi post mais desconexo que esse, de verdade, masok;

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sobre livros, pessoas e ideias.

"Força não há capaz de enfrentar
Uma idéia cujo tempo tenha chegado
A força não é capaz de salvar
Uma idéia cujo tempo tenha passado..."


É assim que começo o post reflexivo (ou não) de hoje. As duas palavras, ideia e ideal, são muito parecidas porque exprimem a ideia de algo abstrato, imaginário, mas são muito diferentes. Como o brasileiro tem mania de pensar que bicho de goiaba é goiaba, quero com este esclarecer algumas coisas que há pouco tempo ainda eram dúvidas pessoais.

Depois que li 1984 me perguntei se, comparado à nossa "atualidade" a história do livro não seria algo desejável. Bem, há vários pontos de vista com relação a isso, mas sabendo do pouco que sei e pensando um pouco mais, descobri que, em parte, não. Se bem que ao olharmos nossas "repúblicas" podemos ver uma caricatura do Grande Irmão, porque aprendemos a confiar tanto e tão profundamente em figuras públicas – políticos, famosos, autoridades – que nos esquecemos de que podemos caminhar sozinhos e aprender na mesma medida.
Em algum ponto do livro, creio que no final, há algo que diz mais ou menos isso: "Escrevemos ficção científica para mostrar às pessoas como será o seu futuro, com base no nosso presente."

Bem, à primeira vista essa frase pode ser lida com um quê de inocência, mas ao buscarmos algo mais intrínseco nela, podemos ver com uma pontada de humor negro que ela não passa de algo para as massas. Mesmo sendo algo que, pessoalmente, condeno, ela tem um fundamento verdadeiro: ficção científica é algo para as grandes massas, porque lhes mostra qual será sua realidade dali algum tempo, fazendo com que nos movamos contra ou a favor disso. Essa realidade, é claro, varia de acordo com a visão pessoal do autor, mas isso em pouco altera seu sentido, uma vez que cada homem é também indivíduo e participa da sociedade.

Dando prosseguimento, também me perguntava se os "vilões" dos séculos passados (em minha burguesa visão, o socialismo, Hitler e reinados absolutistas) um dia poderiam voltar. Hoje sei que de certa forma, eles foram capazes de marcar tanto suas respectivas épocas que até hoje permanecem vivos no imaginário (ou não) coletivo. Eles estão mais presentes do que podemos nos dar conta. E minha atual resposta à pergunta é: sim, eles podem. Embora, por conta de seu passado, não sejam tão aparentes quanto antes. Seriam mais sutis, silenciosos, porém com a mesma intensidade e poder de persuasão de antes. Como? Ora, se você está num país onde mal consegue sobreviver, porque não apoiar alguém que possa lhe dar condições de vida melhores do que as atuais? Você não perde nada nessa equação tão simples. Talvez, só talvez, o passado tenha nos servido também para exemplo e não somente para arquivo de um escritor de ficção científica.

Voltando à ideia original, há muito perdida, o que quero com este é mostrar que embora certas coisas tidas como ruins (ou boas, varia conforme o objeto) são tão boas quanto um bom ideal aliado à ideias ruins. É de nossa inteira responsabilidade aprender com os erros (ou acertos) do passado, criando nossas próprias ficções.

Para uma frase final tal qual a inicial, deixo uma frase de Mário Quintana:

"Livros não mudam o mundo. Pessoas mudam o mundo. 
Livros só mudam pessoas."

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Revolucionária, eu?

Parece que existem pessoas que foram moldadas para seus papéis.
Existem os populares, uma extirpe de pessoas que além de patéticos, têm vários para imitar suas atitudes igualmente idiotas; também há os que tentam ser populares, que são os idiotas que imitam os populares; os simplesmente idiotas, que não sabem o que querem nem tentam descobrir. Por fim, existem os casos perdidos, como eu. Não se encaixam em lugar algum, apesar de terem certa relevância para os que já passaram por esse árduo caminho. Pensando assim, às vezes tenho vontade de desligar tudo e deixar o mundo totalmente silencioso, para depois me livrar dos tipos patéticos que povoam a Terra.

Não tenho preconceito para com ninguém, mas acho tão feio alguém tentando forçar a barra com um grupo específico, ficar chamando atenção para si e tudo mais. Acho que é por isso que as pessoas me acham tão sem-graça, porque eu sou definitivamente diferente dos tipos comuns. Acho falta de educação gritar com alguém, mesmo sendo "amigo" e numa brincadeira. É chamar a outra pessoa de idiota.

Se eu pudesse, embora esse 'se' não signifique que eu pretenda algum dia vir a fazer isso, tomaria para mim alguma classe de escola só pela experiência, para mostrar como eu faria. Sei que não existem verdades absolutas nem provas gabaritadas, mas tem certas coisas que são visivelmente erradas. Passar filmes em sala de aula e pedir que os alunos prestem atenção, por exemplo. Essa semana passada minha professora de Geografia levou Uma Verdade Inconveniente e pediu que prestássemos atenção.
Tudo bem que estudávamos o assunto, mas daí a juntar duas turmas (uns 60 alunos, em média) e depois pedir trabalho sobre o filme, né? Quinta passada (01/09) na apresentação eu comentei isso com ela. Sabe quando você tem vontade de rir na cara da pessoa de tão errada e sem argumentos que ela está? Então, senti muita vontade de fazer isso.

A professora distorceu tudo que eu disse, afirmando que eu dizia que a culpa de ninguém ter feito o trabalho da maneira que ela gostaria era dela. Eu calei a boca, porque estando certa ou não, a culpada seria eu. Stress? Mas é claro que sim, afinal, nós alunos não temos culpa de sermos tão burros ao ponto de desestabilizar emocionalmente um ótimo professor com nossas perguntas e argumentos estúpidos, nem de não compreender o que um enunciado mal feito pede para ser feito. 

É por isso que a educação não vai à frente! Nós alunos que somos culpados, não é mesmo, hein, Dona Cláudia?

Listen Before You Die!

Dia desses eu passeava pela Teia procurando um site onde baixar uma discografia quando comentei com uma amiga que alguém podia criar um blog/site para isso. E ela prontamente me passou um site onde eu poderia procurar. Era meu primeiro contato com o Listen Before You Die.

A princípio eu procurava a discografia do Raulzito, mas nem careceu. Então eu comecei a procurar bandas que conhecia, mas não encontrava CDs completos fácil por ai, e nisso comecei a baixar de algumas bandas desconhecidas que aparentavam um bom som. Descobri que o Listen é ótimo para isso, porque são tantas bandas, tão diversas (mas sem Luan Santana, grazadeu') que é praticamente impossível alguma não te agradar, especialmente se você é uma pessoa bem disposta para o novo.

Acho que a grande diferença entre o Listen e outros blogs/sites é a facilidade com que conseguimos baixar um arquivo grande (convenhamos, baixar um CD legal é difícil, especialmente se as músicas são pesadas) em poucos minutos. Isso acontece porque todos os arquivos são em .wma e não .mp3, que é uma extensão de melhor qualidade, mas nada impede que você vá em algum site e faça o download de um programinha legal e converta o arquivo para qualquer outra extensão. Eu simplesmente adoro e super recomendo. <3
E é isso, fikdik. 

1984

George Orwell, 1949
Editora Companhia das Letras

Sinopse: 1984 não é apenas mais um livro sobre política, mas uma metáfora do mundo que estamos inexoravelmente construindo. Invasão de privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle total dos indivíduos, destruição ou manipulação da memória histórica dos povos e guerras para assegurar a paz já fazem parte da realidade. Se essa realidade caminhar para o cenário antevisto em 1984 , o indivíduo não terá qualquer defesa. Aí reside a importância de se ler Orwell, porque seus escritos são capazes de alertar as gerações presentes e futuras do perigo que correm e de mobilizá-las pela humanização do mundo.

"Guerra é paz,
Liberdade é escravidão,
Ignorância é força".

Talvez aos olhos de um observador mundano e por consequência ignorante e desatento, estas palavras soem contraditórias, e elas de fato o são, mas isso agora é irrelevante. O que devemos notar é a sensação de desconforto que todas elas nos causam. Temos a ideia fixa de que todas as amarras que tentam nos impedir algo, mesmo as que nos impedem de cair num abismo, estão nos impedindo de progredir em nossa jornada. É como se o futuro tal qual o vemos e por essa visão lutamos para obter, fosse consequência obrigatória. Como se o futuro fosse obrigatório.

Depois de ler 1984 sei que não, e não é pelo fato de o passado ser mutável. Talvez o futuro seja apenas um prolongamento desnecessário do presente, criado para que possamos terminar o que foi começado hoje. É como se todos parássemos o relógio no meio da noite e, todos fazendo isso, de fato criasse algumas horas a mais. Eu só espero que alguém mais resolva, como 6079 Smith W., parar de deixar as coisas incompletas. Talvez ai sim as sentenças iniciais possam ser invertidas.

sábado, 13 de agosto de 2011

Rammstein

Como dito anteriormente, vou começar a postar mais do que apenas resenhas no blog, para ver se agora consigo mantê-lo do jeito que gosto, sem atualizado; escolhi uma das minhas bandas preferidas para começar a falar: Rammstein, uma banda de, segundo os próprios, Tanz Metall formada em Berlim em 1994 por Till Lindemann, Richard Kruspe, Christoph Schneider, Oliver Riedel (Paul Landers e Christian Lorenz entraram depois). Uma das principais características dos shows são os efeitos pirotécnicos usados, que dão um toque sempre diverso.


A maioria das músicas é em alemão, mas com raras exceções - em geral, com tom jocoso como em Amerika - há também músicas em inglês. A temática delas são bem diversas, mas um dos CDs que mais me agradou foi Liebe ist für alle da (em português, O amor é para todos), lançado em 2009. As letras tratam de assuntos diversos, mas a que sem dúvidas chama mais atenção é Pussy, do inglês xoxota, e fala sobre o turismo sexual na Alemanha.

No CD anterior, Rosenrot de 2005, a que mais me agradou foi a faixa título, embora ele todo seja bom. Atenção para a nona faixa, Te Quiero Puta, em espanhol. Li há algum tempo em algum site que ela foi, possivelmente, escrita com a ajuda de uma amante de Till, o vocalista, mas não consigo confirmar pois o site onde possivelmente a encontrei está fora do ar (isso sempre acontece comigo, bolas).

Atualmente eles anunciaram um novo álbum e nova turnê, que começa no dia 06 de novembro, chamada "Made In Germany 1994 – 2011" com as músicas mais importantes da carreira; em entrevista Richard Kruspe disse que o retorno deles à América (finjam que não viram ironia) deverá ser em 2012, ou seja, não morrerei sem vê-los. \o/ Aliás, seria ótimo se a turnê passasse por BSB, mas ai é pedir um pouquinho demais.

Enfim, até a próxima: Tarja Turunen.

domingo, 7 de agosto de 2011

O Turista Acidental

Anne Tyler, 1985
Editora Círculo do Livro

Sinopse: História de uma grande transformação e do medo que as pessoas tem de viajar, seja para onde for, até para dentro de si mesmas. O protagonista escreve guias de turismo para que os que abominam viagens sintam-se em casa quando se deslocam a serviço.
Bem, depois de algum tempo sem PC no qual li vários livros, o mais recente foi esse. Já o havia lido no começo do ano, mas foi aquela leitura despretenciosa, que fazemos por não ter mais que fazer. Dessa vez tentei ir mais além; de certa forma tentei viver o que a autora nos conta. O resultado foi um tanto desastroso, por que criei expectativas demais para uma história que não tem uma trama bem definida.


O livro conta a história de um escritor de guias para homens de negócios chamado O Turista Acidental em (insira aqui qualquer destino de negócios) que teve o filho assassinado, e por isso, (não) tem discuções com a esposa, de quem acaba se separando. Sinceramente, o primeiro capítulo é perfeito, mas a partir do segundo comecei a duvidar da história. É indiscutivelmente bem escrito, mas de alguma forma a leitura não me agradou.

Macon é um cara estranho, com manias. Posso compreender todas elas, porque também partilho de algumas, mas acho um tanto contraditório que ele simplesmente abandone tudo que ele, de certa forma, era (a xícara de café, por exemplo), porque quando a ex pede emprestada a casa, parece que ele está incluso no pacote. Ok, essa é uma opinião um tanto pessoal demais, mas é o que me impede. E sobre a xícara de café, entenderão os que leram o livro.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Umas novidades...

Olá, pessoas lindas. Como vão? Eu estou muito bem e venho hoje com algumas novidades para o blog. A primeira delas é a constante mudança de template, do modelo antigo para esse atual, desenhado por essa que vos escreve (e que ainda não ficou pronto, vale ressaltar). O antigo era bonitinho e tal, mas era muito estreito para ler, daí mudei.
A segunda mudança é sobre o conteúdo do blog. A ideia original era fazer meio que um diário virtual, mas acabei desistindo várias vezes pois sabia que seria difícil mantê-lo sempre atualizado do jeito que eu gosto; então nasceu o, até agora, atual Doce Kruelldade, apenas com resenhas e comentários sobre livros. Bem, depois de algum tempo pensando acabei chegando à conclusão de que seria inviável mantê-lo tanto quanto com o antigo, então resolvi mudar. As resenhas continuam, é claro, mas pretendo intercalá-las também com alguns posts diversos, sobre coisas que me interessem ou tenham contexto. Espero que gostem.

Bem, pretendo fazer outras mudanças em breve, mas por enquanto é só isso. Até a próxima, sweeties.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Comunicado

Gente, eu sei que parece mais do que coincidência, mas eu estou novamente sem conecção. Aconteceram algumas coisas chatas com o pessoal e eu pedi para tirar, e também meu computador que já não andava muito legal, morreu de vez. Então eu peço um pouco de paciência, porque a situação não está das melhores.
Demorei tanto assim (quase um mês, hm) para dar esse aviso porque ainda tinha esperanças de conseguir atualizar por lanhouses (as odeio, por sinal), mas não deu certo, então... Bom, o Hybrid People vai ser atualizado ainda hoje, mas o meu cantinho vai demorar mais um pouco, infelizmente.

Beijos sangrentos,
Sweet Kruella.

domingo, 19 de junho de 2011

Eu, Christiane F.

Kai Hermann, Horst Rieck, 1989
Editora Círculo do Livro
 

Sinopse: O livro tem início com o texto do processo (Berlim, 1978) em que Christiane, colegial, menor de idade, é acusada de consumir, de maneira contínua, substâncias e misturas químicas proibidas por lei. Foi acusada também de ter-se entregado à prostituição, com o propósito de juntar dinheiro suficiente para comprar drogas. Após tudo isso, sua família se desestruturou; o pai ficou desempregado, a mãe pediu o divórcio, e o inferno instalou-se no seio da família. Christiane era surrada sempre e o lar, por ter-se transformado num ambiente hostil, fez com que ela procurasse as ruas. O livro intercala o depoimento de Christiane com o de sua mãe, de policiais que tiveram contato com a menina, e de psicólogos.


Acho que esse livro é um dos mais famosos, mas a grande maioria das pessoas nunca o leu. Se leu, foi por não aguentar mais ouvir comentários a respeito e não poder comentar também. Foi o meu caso. Comecei e terminei em cerca de dois dias, mas a leitura é tão intensa que poderia tê-lo feito em menos tempo. A história de Christiane é triste, é verdade, mas ela não é como quando sua mãe quer lhe dar uma lição de moral. É apenas aquele retrato abstrato de algo distante que você fica olhando, tentando entender, até que desiste e se vira em busca de outra obra. Essa era a minha visão do livro antes de começar a leitura, mas conforme as páginas foram virando e a história foi se revelando, descobri que a história dela é mais próxima de todos nós do que podia imaginar.

Ela não é uma marginal por se drogar, não mesmo. E o simples fato de ela usá-las não a torna uma "má pessoa". Christiane foi usada da mesma forma que muitos jovens são usados hoje em dia, simples. O fato de haver drogas no meio é mero detalhe. É um livro de leitura relativamente fácil, mas o tema é pesado e os comentários dela no decorrer da leitura tornam um tanto mais difícil; se você conseguir ler tudo sem se emocionar e ou julgá-la, tenha meus parabéns, por que não é algo que qualquer pessoa consiga. A certeza de que é real torna ainda mais difícil. Não se costuma julgar outras pessoas (ao menos não abertamente).
Acredito que todas as pessoas, independente de idade, deveriam ler esse livro. Sem mais.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

100 Escovadas Antes de ir para a Cama

Melissa Panarello, 2004
Editora Objetiva
 

Sinopse: No inverno europeu de 2002, longe dos olhos da mãe e do pai, a jovem italiana Melissa Panarello começou a escrever um diário em que relatava, sem pudores e meias palavras, as precoces e variadas experiências sexuais vividas por uma colegial entre os 15 e os 16 anos. A história de Melissa começa quando ela perde a virgindade aos 15 anos de idade. A descoberta de um mundo novo e diferente, o desejo de amar e se sentir amada e a ilusão de encontrar este sentimento através do sexo. É esse o ponto de partida para um relato que mistura de forma provocadora ficção e realidade, num vasto e surpreendente rito de iniciação sexual.
Quando um amigo sugeriu o livro não levei muita fé na qualidade da leitura que ele me propunha, mas ainda assim procurei o livro para download. No mesmo dia comecei a ler. Por não ser um livro muito grande nem de muitas complicações na leitura, terminei no dia seguinte.

O título, que sugere algo um tanto quanto infantil, desperta nos mais atentos um certo preconceito, mas é apenas isso. Quando se quebra essa barreira da primeira impressão (certas vezes, também, pode-se ter ouvido falar do livro e ou lido resenhas) e nos deixamos levar pela história de Melissa, descobrimo-nos em certa altura conectados com ela. Sexo hoje em dia é tabu apenas socialmente, porque nos círculos mais íntimos o assunto é corriqueiro. E o que acontece com Melissa é a mais pura verdade. Meninas até mais novas que ela fizeram coisas, às vezes, "piores" do que o que ela nos relata através de seu diário.

A história é consistente, mas em minha opinião, num relato de diário não há diálogos como os de uma outra narrativa. Um diário é algo mais íntimo e pessoal, onde você conta à sua maneira a situação. Mas, afastando da visão esse detalhe, é um livro como qualquer outro. Relata o que sabe, da forma que sabe (e com diálogos). Bem, o assunto tratado é bem explícito: sexo. Ponto. Não é algo vulgar, diria que até pelo contrário, mas isso não muda o fato de ser sobre sexo. Sendo-o, portanto, e inibindo de certa forma. Como disse, não se deixem levar pelas aparências.

Pessoalmente, ambas Melissa me agradam. A personagem é intensa e é bem humana; humana de tal forma que às vezes indentifiquei-me com ela. O livro é pequeno, então com paciência e persistência, é possível terminar no mesmo dia, mas aconselharia a ir devagar para que possa entender toda a mensagem que a história passa. A autora, logo no começo do livro (ao menos do meu exemplar), diz ter em comum, digamos, mais do que apenas o nome da personagem. Conquistou-me. Recomendado especialmente às meninas, mas todos podem – e devem! – ler, é claro.

domingo, 12 de junho de 2011

As Mentiras que os Homens Contam

Luis Fernando Veríssimo, 2000
Editora Objetiva

Sinopse: Quantas vezes você mente por dia? Calma, não precisa responder agora. Também não é sempre que você conta uma mentira. Só de vez em quando. Na verdade, quando você mente, é porque precisa. Para proteger o outro - e de preferência, a outra. Foi assim com a mãe, a namorada, a mulher, a sogra. Questão de sobrevivência. Tudo pelo bom convívio social, pela harmonia dentro de casa, para uma noite mais simpática com os amigos. Você só mente, no fundo, para poupar as pessoas, e, sobretudo, para o bem das mulheres.
Luis Fernando Verissimo, este observador bem-humorado do cotidiano brasileiro, reúne aqui um repertório divertido de histórias assim - tão indispensáveis que, de repente, viram até verdades. Depende de quem ouve. Depende de quem conta.

Dispensa comentários maiores. O livro começa com o tom certo, empregado da forma certa e no momento exato. Com uma linguagem fluida e popular, Luis Fernando Veríssimo nos guia por entre retratos da nossa própria rotina, que retratados, parecem adquirir por si só um tom engraçado que torna tudo mais leve.

Quando comecei a ler o livro sentia a cada página virada a necessidade de acabar logo, mas após algum, quando se chega nas páginas finais, você inesperadamente tem vontade de parar. Não por que seja ruim. Longe disso. É porque você não quer que acabe. Simples. 

São todos as "mentirinhas de todo-dia" que todos nós, independente do sexo, contamos quando somos pegos desprevenidos. É completamente inofensivo e natural. Ninguém sai prejudicado se ninguém souber, mas o problema é quando alguém descobre... Que nunca passou por essas situações que julgue primeiro a capa – que por sinal, adorei –. Leitura divertida e completa. Do tipo que você usa para passar o tempo enquanto espera o ponto chegar, ou para ajudar a digestão. Não importa, sempre é a hora certa. Mais do que recomendado para qualquer um, independente de suas mentirinhas quotidianas.

Assassinato no Expresso do Oriente

Agatha Christie, 1934
Editora Nova Fronteira

Sinopse: Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Uma americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.
Acho que dispensa apresentações, não é mesmo? Agatha é simplesmente Agatha, sem tirar nem por, e por isso mesmo é tão maravilhoso. O livro é bem antigo e um dos mais conhecidos dela, mas ainda parece tão recente que você, com o andamento da história, começa a notar os detalhezinhos para tentar desvendar o final e o assassino. Essa é a melhor parte: você muito dificilmente, para não dizer impossível, conseguirá acertar. Você pode até chegar bem perto do assassino e de seu método, mas o motivo sempre vai escapar por entre seus dedos. Sempre.


Hercule é outro que dispensa comentários. É exatamente a personagem com quem todos sonhamos. Mente astuta e ágil. Arrogante? Não, não. Merecedor de todas as honrarias e mais outras tantas. Eu, mesmo já conhecendo-o e sabendo o estilo de Agatha, surpreendi-me com a leveza com que ela nos guia por entre as cabinas do Expresso do Oriente. O assassino? Bem, não interessa e nunca se torna o fato que mais me chama a atenção, até porque já li o livro outras vezes. Quando forem ler, peço que prestem atenção aos pequenos detalhes. Seja metódico. Hercule Poirot se orgulharia de você caso você, de alguma forma, pudesse ver e enchergar tudo, mesmo se você não conseguir unir todas as peças.

Com um ótimo enredo, cheio de mistérios e sangue, a autora consegue prender gerações e gerações de leitores com mais uma aventura do caríssimo detetive. Sem dúvida um dos melhores livros que já li.

sábado, 4 de junho de 2011

Depois da Escuridão

Tilly Bagshawe e Sidney Sheldon, 2010
Editora Record

Sinopse: A doce e angelical Grace Brookstein é a socialite mais querida dos Estados Unidos e leva uma vida de princesa. Até o dia em que seu marido, o bilionário Lenny Brookstein, dono do fundo de hedge Quorum, sai para velejar e nunca mais retorna. Enquanto lida com a trágica morte do marido, um novo escândalo abala a vida de Grace: bilhões de dólares desaparecem do fundo Quorum, provocando a falência de milhares de famílias. Grace torna-se a principal suspeita e da noite para o dia sua vida se transforma. Determinada a provar sua inocência, Grace embarca numa jornada que revelará que ninguém a sua volta é digno de confiança.

Assim, quando vi o anúncio do livro, comprei. Simples. Julguei o livro pela capa e decepcionei-me. É um bom livro, é bem escrito, mas a trama dele não é digna do nome que leva. Grace é previsível, bobinha. É aquela história da garota rica jovem e bonita que se casou com um homem mais velho e rico (não tão bonito, vai), acontece algo e eles se tornam pobres, ela se revolta (...). É isso, ponto. Há um suspense por trás, é claro, mas as personagens secundárias são muito mais interessantes que a própria Grace, a protagonista. Sem falar que, além de previsível, ela torna-se um tanto chata com o decorrer da história, que por sinal, já foi base para outro romance da parceria (A Senhora do Jogo).

Creio que certas partes podiam ter sido melhor trabalhadas, pois parece-me que Grace é uma pessoa absolutamente medíocre que caiu num romance por acaso, como uma gota de tinta no pergaminho e esqueceram-se de dá-lhe o mataborrão.

Um dos poucos pontos forte do romance é que o final realmente conseguiu me surpreender, mas não a cena, o próprio desfecho. Foi uma sacada genial, de fato, mas novamente poderia ter sido melhor trabalhada de forma descritiva. E outra: Caroline, a irmã malvada, é mais simpática que Grace.

Recomendaria o livro apenas aos aventureiros, dispostos a se surpreender de forma, talvez, positiva. Ou não.

Quando a Vida Escolhe



Zibia Gasparetto, 2002
Editora Vida e Consciência



De alguns meses para cá, posso dizer com certeza que foi um dos melhores livros que li. Mesmo se tratando de um tema religioso, é um romance como qualquer outro, e um dos melhores. Não digo que ensina algo, digo que te mostra um outro ângulo da sua própria vida, não importando como ela seja. Bem, vamos retomar a resenha, rs.

Admito que fiquei com um pezinho atrás por ser de tema religioso, mas depois de vencer essa barreira inicial, a leitura mostrou-se tão simples e bonita que me cativou. Tem um bom ritmo, sim, mas é bom que preste atenção para não se perder nas linhas da história. Não encontrei grandes dificuldades para interpretar o texto - ao menos, foram poucas e bem simples, por desatenção mesmo - nem grandes obstáculos para a continuidade.

A história é bem simples, na verdade, mas é bem real. Não é daqueles romances que você pára e pensa: 'Nossa, será que foi o tal que matou o Fulano?', nem há grandes mistérios rondando a trama. Você pode simplesmente pegar o livro como uma diversão realmente, sem ter aquele 'tchan' que prende o leitor até o final apenas para descobrir quem foi o culpado; a história por si só cativa o leitor.

As personagens, com especial atenção à Luciana, são tão reais e estilizadas ao mesmo tempo que pareço conhecê-las. É uma ótima sensação essa, de poder, de certa forma, interagir com o livro. Enquanto lê, pensa no que você faria no lugar de cada uma delas. Ao final chega à conclusão de que tudo foi certo, mesmo os aparentes erros. É a vida, simplesmente. Recomendadíssimo para todos, mas devem ler de coração e mente abertos. Sem preconceitos nem críticas.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Senhora do Jogo



Tilly Bagshawe e Sidney Sheldon, 2009
Editora Record


Quando o vi no folheto, com o nome de Sidney Sheldon no título - Tilly foi mero detalhe -, não hesitei em comprá-lo. Paguei caro. Bem caro, diria, pois mesmo tendo lido poucos livros de Sidney, esse pouco me agradou. É uma boa história, sim, mas nela há muitas menções do livro anterior (O Reverso da Medalha) e para quem não o leu, como eu, é um tanto difícil entender a origem do enredo deste. Creio que se você já o leu, não será difícil situar-se na linha temporal do volume.

O começo do livro é bem típico, como o livro todo. Você já começa de cara a imaginar o que vai acontecer com quem e quando, especialmente aqueles que já conhecem o estilo de Sidney. Porém, no decorrer do livro creio que o encanto das letras alaranjadas da capa se desfaz. Tudo se torna muito rápido e há muita informação, tratada como num desses livretos de banca qualquer, não um Sidney Sheldon como diz a capa. Algumas informações (diria que certas "novidades" científicas) estão confusas, embora haja uma base verossímil para elas. Penso que também, a velocidade dos acontecimentos aumenta significativamente no meio do livro, fazendo com que você fique querendo realmente saber o que acontece, mas no fim, ao descobrir - ao menos eu - senti-me desapontada.

Volto a reafirmar que é um bom livro, bem escrito, e cumpre a premissa da história, mas não me agradou. Não houve aquele estalo que me acontece com boas histórias. A personagem principal, por si só, é uma bonequinha americana que tenta, através de formas um tanto suspeitas, provar que não é frágil como aparenta, em relação a isso, penso que poderia ter sido melhor trabalhado. Recomendo aos amantes de Sidney, mas reafirmo: não esperem demais, mas leiam com a mente aberta.

Destino: Transilvânia




Regina Drummond, 2006
Editora Scipione


Pessoalmente, admito que o título do livro me atraiu pouco ou quase nada quando comparado com as críticas que vieram com o volume, na contracapa e abas. E, bom, meu bom senso gritou que eu não deveria pegá-lo da estante, mas a necessidade de algo para ler me forçou à escolha.

No geral, é um livro muito bem escrito, mas peca feio no desenvolvimento da proposta para a personagem principal. Gostei até, digamos, o capítulo 10, quando é ano-novo. Daí em diante a personagem se torna uma bonequinha articulada. As ações e reações dela tornam-se previsíveis e o que ela diz pouco condiz com o contexto. No final, senti que o livro foi terminado às pressas para cumprir prazos e assim sendo, ficou faltando uma gigantesca parte que eu chamaria de FINAL.

O ambiente no qual o livro se passa é mágico, é lindo, mas a autora parece não ter conseguido brincar com isso enquanto escrevia. Em algumas partes, na descrição dos lugares, parece-me que foram tiradas de livretos para turistas, porque têm uma linguagem deveras formal para se encaixar naquela com a qual a autora escreve. E outra coisa: tentar explicar o que foi feito, o processo mesmo, é bem legal, sabe. Deixar os leitores no escuro é chamá-los de ignorantes.

Ao fim, decididamente eu não indicaria Destino: Transilvânia como um bom livro a um amante desse tipo de literatura de mistério infanto-juvenil. Decepcionei-me.

O Assassino Ético




David Liss, 2007
Editora Record


É um bom livro, é fato, mas ele tem um ritmo um tanto estranho. Começa e você diz: NOOOOSSA!, mas quando passam alguns capítulos você começa a se perguntar onde a história vai terminar, pois o autor usa de muitos enredos diferentes para compor a trama do livro.

Lembro-me bem de quando comecei a ler. A capa do livro é atraente, a sinopse é muito bem feita, as críticas em geral são apenas contra o ritmo dele, que é entrecortado de cenas de ação e algumas lerdinhas, digamos. Algumas pessoas sentem-se intimidadas pela brochura do livro (quase 500 páginas), mas adianto que a font size é maior que o padrão ao que estamos acostumados, então "compensa" um pouco o tamanho. Em relação ao conteúdo, à trama, digo que foi muito bem escrita e desenhada. Lem não é um bonequinho previsível e patético, apesar de ser fraco, ele tem atitudes sim, apenas não como o grande herói da história. Surpreende-nos a todo momento com sua narração em primeira pessoa (o livro se altera nisso, primeira e terceira pessoa do singular).

As demais personagens, com atenção especial à Melford, fogem totalmente ao que temos por bons. São maus, são feios, são tudo que identificamos em vilões, mas têm também sentimentos. E é dessa dualidade que o autor utiliza para escrever (muito bem, diga-se) seu livro. Recomendo àqueles cuja paciência seja grande, pois os mais afoitos poderão perder-se ainda no começo do livro.