O primeiro livro do autor, um sci-fi muito digno, com sangue e duelos, e eu realmente esperava mais - acho que porque eu li as Crônicas primeiro e elas foram escritas, óbvio, para impressionar, ao contrário desse. Mas enfim. É sobre um planeta moribundo, que foi bolado para ser a demonstração de que gente pequena pode fazer grandes coisas, mas agora esse mundo está se afastando da sua estrela e as cidades do Festival, mortas. Só um punhado de pessoas vive em Worlorn, entre elas Gwen Delvano. Tempos antes de quando a história acontece, ela teve um romance com a personagem principal, Dirk t’Larien, mas coisas aconteceram e eles se separaram. O livro é sobre esse reencontro.
Começando a ver a história pelas personagens, elas são simplesmente fantásticas. Têm medo, desejo, raiva, aflição... Tio George as faz tão bem que eu as consigo imaginar vivendo normalmente, como a gente. E o enredo da história em si, também é muito bom, assim como o cenário e todo o resto - o problema é a narração.
Não é realmente um problema, mas é algo que me incomoda. No começo, as coisas são confusas, mas isso é normal. O chato é que isso continua acontecendo durante o livro inteiro - é como se o livro fosse parte de uma coisa maior, que foi podada para ser publicada e partes importantes para que os leitores entendessem, foram perdidas.
E a consistência da narração, também, é muito fina. O começo é rápido, cheio de emoção, mas conforme o livro se desenrola, fica chato, e no final - outra coisa que me decepcionei -, é só ação e muita descrição, mas quase tudo impessoal. Sobre o final, fiquei bem chateada: não tem final. Digo mesmo. É uma luta, mas ele não diz quem ganha e, em alguns casos isso pode ser legal, mas não aqui.
É um bom livro, bem escrito e cheio de reflexões, mas podia ter sido muito melhor.
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