sexta-feira, 4 de maio de 2012

Jogos Vorazes



Suzanne Collins, 2009.


Trilogia que caiu no gosto do público, The Hunger Games é a história de Katniss Everdeen, a tributo feminina do 74º Hunger Games, uma espécie de Big Brother com menos sexo e mais sangue. Suzanne Collins, a autora, disse em entrevistas que teve a ideia da história quando mudava de canal na TV, entre um documentário sobre a Guerra do Iraque e um reality show e... bom, ela ficou alguns milhares de dólares mais rica.

A história é narrada em primeira pessoa pela própria Katniss, que vive no distrito 12 de Panem, uma nação autoritária erguida sobre os restos de uma América do Norte destruída por uma catástrofe. Cada distrito é responsável por suprir a Capital, centro político e físico de Panem, de alguma forma. O distrito 12 é responsável pelo carvão e vive em estado de extrema pobreza, com pessoas morrendo pelas ruas.
É bem empolgante, especialmente que ganhou esse ano uma adaptação para cinema, com Jennifer Lawrence (X-Men: First Class) e Josh Hutcherson (Journey to the Center of the Earth) como Katniss Everdeen e Peeta Mellark respectivamente e dirigida por Gary Ross.

Eu já disse e repito: nenhuma adaptação para cinema de qualquer coisa é boa e com The Hunger Games não é diferente, embora o roteiro tenha sido escrito também por Suzanne Collins, mas é um bom filme e as escolhas de elenco foram muito dignas - e eu tenho uma despencada pelo Josh e.

Em relação à fidelidade, porém, pecou feio. Algumas partes foram esquecidas para dar ênfase às partes mais dramáticas, outras foram adiantadas. Teve cena que nem deveria existir, então quero só ver como os roteiristas e diretor de Catching Fire vão se virar pra conseguir dar continuidade sem f@$#r tudo ainda mais... entretanto, tanto livro quanto filme têm muita ação. Muita. Sério. Terminei a trilogia inteira em dois dias - são livros pequenos, média de 150 páginas, algo por aí - e depois reli, para saborear a história, e mesmo já sabendo o final, e me peguei torcendo para Fulano e xingando o outro por fazer as coisas erradas. E eu continuo odiando a Katniss. Mesmo depois de saber o final.

Focando um pouco mais no livro, The Hunger Games não é um 1984 - nem de longe são primos -, mas é um romance distópico sim, algo que vem ficando popular na última década, mas não acho que poderia ser considerado um ícone. Primeiro, porque tem um tom de narração pouco detalhista - e não tem nada a ver com ser narrado em primeira pessoa - sobre o ambiente e sobre pontos importantes, como por exemplo, a catástrofe que destruiu os EUA e a forma como Panem foi erguida. Segundo, porque foca muito na ação em si, e não na forma como as personagens pensam e agem - ai sim, culpe um pouco da narração em primeira pessoa. É um livro do tipo que serve como uma pausa entre dois outros grandes livros, para você se divertir enquanto lê e para torcer pelas personagens, não um livro que vá mudar a forma com que você vê o mundo. 

Mas é ótimo. 
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