quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A diferença entre Anjo e Amigo

Existem pessoas e pessoas. Algumas vêm quando nós precisamos, e costumamos chamá-las de amigos, mas que sempre somem quando não mais precisamos delas. Eu sou desses, aqueles que são chamados de falsos por terem uma alma muito maior e mais profunda do que os 'amigos' e não conseguem simplesmente permanecer ao lado de alguém quando outros chamam.
Há outras pessoas que precisamos, mas sequer nos damos conta de sua existência. É a essas pessoas que deveríamos recorrer, e não aos amigos, porque essas pessoas são os anjos, aqueles que se contentam com um resmungo de aprovação e não reclamam da nossa indiferença quotidiana.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Feliz aniversário!

Hoje, além de começo da primavera e abertura do Rock in Rio, é uma data de muita comemoração para mim. Fazem exatos três anos que comecei a jogar RPG (role playing game)! Apesar de ter passado desgostos mil, ainda assim é uma data de comemoração, porque foi através desse universo paralelo que aprendi muitas coisas e conheci pessoas que hoje, já não sei viver sem. Fiz amigos, inimigos, companheiros e algumas tramas, também.

Tive mais de quinze personagens e todos me marcaram, de forma criativa ou não. Desde as criancinhas até os adultos, os adolescentes bruxos, os trouxas, os semideuses e os mortais. Ganhei alguns apelidos, perdi algumas noites de sono na espera de um ataque no flanco, mas hoje eu consigo ver que tudo que passei aconteceu para que eu pudesse, hoje, ser tão diferente do que eu era. Considero que o saldo, entre olheiras e pontuação bônus, foi mais do que positivo.

E, em comemoração a essa data tão especial, venho agora anunciar um projeto bem antigo que entrou na fase de pós produção: Ignis Orbis - círculo de fogo. Junto com dois grandes amigos comecei esse projeto, que teve vários períodos e mudanças em igual quantidade. Bem, ainda não está liberada a criação de personagens, mas muito, muito em breve iremos saudá-los com nossos monstros e criaturas de universos alterativos.

É isso. Boa noite!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Skoob e a minha falta de memória

Skoob é uma rede social para compartilhamento de livros e coisas que tenham a ver com literatura. Eu não sei muito sobre essa incrível rede social (melhor que uns e outros por ai, rs), mas o que eu quero dizer é mais sobre mim do que sobre ela.

Eu tenho certeza de que a conta não está exata, porque eu mesma não me lembro de muitos títulos, mas, segundo consta em minha conta, cheguei feliz à marca dos cem livros lidos. Não há nenhum motivo para comemorar, na verdade, porque não acredito muito nas comemorações que temos por aí, mas é com um imenso prazer que venho dizer isso. Alguns duvidaram de que eu chegaria a algum lugar viajando nas palavras, muitos riram daquela garota antissocial que cabulava aula para ir à biblioteca, outros tantos deixaram que esses poucos "muitos" fizessem o que fizeram, mas nenhum deles é melhor do que eu nesse e em todos os outros momentos.

A leitura não é um hábito, é uma necessidade. Ela pode não ser das atividades mais lucrativas a curto prazo, mas os bens que ela traz são muito maiores e melhores do que qualquer coisa que possamos investir. Até mesmo a loteria.

nunca vi post mais desconexo que esse, de verdade, masok;

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sobre livros, pessoas e ideias.

"Força não há capaz de enfrentar
Uma idéia cujo tempo tenha chegado
A força não é capaz de salvar
Uma idéia cujo tempo tenha passado..."


É assim que começo o post reflexivo (ou não) de hoje. As duas palavras, ideia e ideal, são muito parecidas porque exprimem a ideia de algo abstrato, imaginário, mas são muito diferentes. Como o brasileiro tem mania de pensar que bicho de goiaba é goiaba, quero com este esclarecer algumas coisas que há pouco tempo ainda eram dúvidas pessoais.

Depois que li 1984 me perguntei se, comparado à nossa "atualidade" a história do livro não seria algo desejável. Bem, há vários pontos de vista com relação a isso, mas sabendo do pouco que sei e pensando um pouco mais, descobri que, em parte, não. Se bem que ao olharmos nossas "repúblicas" podemos ver uma caricatura do Grande Irmão, porque aprendemos a confiar tanto e tão profundamente em figuras públicas – políticos, famosos, autoridades – que nos esquecemos de que podemos caminhar sozinhos e aprender na mesma medida.
Em algum ponto do livro, creio que no final, há algo que diz mais ou menos isso: "Escrevemos ficção científica para mostrar às pessoas como será o seu futuro, com base no nosso presente."

Bem, à primeira vista essa frase pode ser lida com um quê de inocência, mas ao buscarmos algo mais intrínseco nela, podemos ver com uma pontada de humor negro que ela não passa de algo para as massas. Mesmo sendo algo que, pessoalmente, condeno, ela tem um fundamento verdadeiro: ficção científica é algo para as grandes massas, porque lhes mostra qual será sua realidade dali algum tempo, fazendo com que nos movamos contra ou a favor disso. Essa realidade, é claro, varia de acordo com a visão pessoal do autor, mas isso em pouco altera seu sentido, uma vez que cada homem é também indivíduo e participa da sociedade.

Dando prosseguimento, também me perguntava se os "vilões" dos séculos passados (em minha burguesa visão, o socialismo, Hitler e reinados absolutistas) um dia poderiam voltar. Hoje sei que de certa forma, eles foram capazes de marcar tanto suas respectivas épocas que até hoje permanecem vivos no imaginário (ou não) coletivo. Eles estão mais presentes do que podemos nos dar conta. E minha atual resposta à pergunta é: sim, eles podem. Embora, por conta de seu passado, não sejam tão aparentes quanto antes. Seriam mais sutis, silenciosos, porém com a mesma intensidade e poder de persuasão de antes. Como? Ora, se você está num país onde mal consegue sobreviver, porque não apoiar alguém que possa lhe dar condições de vida melhores do que as atuais? Você não perde nada nessa equação tão simples. Talvez, só talvez, o passado tenha nos servido também para exemplo e não somente para arquivo de um escritor de ficção científica.

Voltando à ideia original, há muito perdida, o que quero com este é mostrar que embora certas coisas tidas como ruins (ou boas, varia conforme o objeto) são tão boas quanto um bom ideal aliado à ideias ruins. É de nossa inteira responsabilidade aprender com os erros (ou acertos) do passado, criando nossas próprias ficções.

Para uma frase final tal qual a inicial, deixo uma frase de Mário Quintana:

"Livros não mudam o mundo. Pessoas mudam o mundo. 
Livros só mudam pessoas."

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Revolucionária, eu?

Parece que existem pessoas que foram moldadas para seus papéis.
Existem os populares, uma extirpe de pessoas que além de patéticos, têm vários para imitar suas atitudes igualmente idiotas; também há os que tentam ser populares, que são os idiotas que imitam os populares; os simplesmente idiotas, que não sabem o que querem nem tentam descobrir. Por fim, existem os casos perdidos, como eu. Não se encaixam em lugar algum, apesar de terem certa relevância para os que já passaram por esse árduo caminho. Pensando assim, às vezes tenho vontade de desligar tudo e deixar o mundo totalmente silencioso, para depois me livrar dos tipos patéticos que povoam a Terra.

Não tenho preconceito para com ninguém, mas acho tão feio alguém tentando forçar a barra com um grupo específico, ficar chamando atenção para si e tudo mais. Acho que é por isso que as pessoas me acham tão sem-graça, porque eu sou definitivamente diferente dos tipos comuns. Acho falta de educação gritar com alguém, mesmo sendo "amigo" e numa brincadeira. É chamar a outra pessoa de idiota.

Se eu pudesse, embora esse 'se' não signifique que eu pretenda algum dia vir a fazer isso, tomaria para mim alguma classe de escola só pela experiência, para mostrar como eu faria. Sei que não existem verdades absolutas nem provas gabaritadas, mas tem certas coisas que são visivelmente erradas. Passar filmes em sala de aula e pedir que os alunos prestem atenção, por exemplo. Essa semana passada minha professora de Geografia levou Uma Verdade Inconveniente e pediu que prestássemos atenção.
Tudo bem que estudávamos o assunto, mas daí a juntar duas turmas (uns 60 alunos, em média) e depois pedir trabalho sobre o filme, né? Quinta passada (01/09) na apresentação eu comentei isso com ela. Sabe quando você tem vontade de rir na cara da pessoa de tão errada e sem argumentos que ela está? Então, senti muita vontade de fazer isso.

A professora distorceu tudo que eu disse, afirmando que eu dizia que a culpa de ninguém ter feito o trabalho da maneira que ela gostaria era dela. Eu calei a boca, porque estando certa ou não, a culpada seria eu. Stress? Mas é claro que sim, afinal, nós alunos não temos culpa de sermos tão burros ao ponto de desestabilizar emocionalmente um ótimo professor com nossas perguntas e argumentos estúpidos, nem de não compreender o que um enunciado mal feito pede para ser feito. 

É por isso que a educação não vai à frente! Nós alunos que somos culpados, não é mesmo, hein, Dona Cláudia?

Listen Before You Die!

Dia desses eu passeava pela Teia procurando um site onde baixar uma discografia quando comentei com uma amiga que alguém podia criar um blog/site para isso. E ela prontamente me passou um site onde eu poderia procurar. Era meu primeiro contato com o Listen Before You Die.

A princípio eu procurava a discografia do Raulzito, mas nem careceu. Então eu comecei a procurar bandas que conhecia, mas não encontrava CDs completos fácil por ai, e nisso comecei a baixar de algumas bandas desconhecidas que aparentavam um bom som. Descobri que o Listen é ótimo para isso, porque são tantas bandas, tão diversas (mas sem Luan Santana, grazadeu') que é praticamente impossível alguma não te agradar, especialmente se você é uma pessoa bem disposta para o novo.

Acho que a grande diferença entre o Listen e outros blogs/sites é a facilidade com que conseguimos baixar um arquivo grande (convenhamos, baixar um CD legal é difícil, especialmente se as músicas são pesadas) em poucos minutos. Isso acontece porque todos os arquivos são em .wma e não .mp3, que é uma extensão de melhor qualidade, mas nada impede que você vá em algum site e faça o download de um programinha legal e converta o arquivo para qualquer outra extensão. Eu simplesmente adoro e super recomendo. <3
E é isso, fikdik. 

1984

George Orwell, 1949
Editora Companhia das Letras

Sinopse: 1984 não é apenas mais um livro sobre política, mas uma metáfora do mundo que estamos inexoravelmente construindo. Invasão de privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle total dos indivíduos, destruição ou manipulação da memória histórica dos povos e guerras para assegurar a paz já fazem parte da realidade. Se essa realidade caminhar para o cenário antevisto em 1984 , o indivíduo não terá qualquer defesa. Aí reside a importância de se ler Orwell, porque seus escritos são capazes de alertar as gerações presentes e futuras do perigo que correm e de mobilizá-las pela humanização do mundo.

"Guerra é paz,
Liberdade é escravidão,
Ignorância é força".

Talvez aos olhos de um observador mundano e por consequência ignorante e desatento, estas palavras soem contraditórias, e elas de fato o são, mas isso agora é irrelevante. O que devemos notar é a sensação de desconforto que todas elas nos causam. Temos a ideia fixa de que todas as amarras que tentam nos impedir algo, mesmo as que nos impedem de cair num abismo, estão nos impedindo de progredir em nossa jornada. É como se o futuro tal qual o vemos e por essa visão lutamos para obter, fosse consequência obrigatória. Como se o futuro fosse obrigatório.

Depois de ler 1984 sei que não, e não é pelo fato de o passado ser mutável. Talvez o futuro seja apenas um prolongamento desnecessário do presente, criado para que possamos terminar o que foi começado hoje. É como se todos parássemos o relógio no meio da noite e, todos fazendo isso, de fato criasse algumas horas a mais. Eu só espero que alguém mais resolva, como 6079 Smith W., parar de deixar as coisas incompletas. Talvez ai sim as sentenças iniciais possam ser invertidas.