Eu já havia comentado aqui sobre, digamos, uns novos parceiros de cabeceira, embora não de todo literalmente; os livros conseguiram me prender de uma forma estranhamente diferente de outros. Não são livros do tipo que você lê como um romance qualquer, tampouco aqueles livros de relatos e tudo mais. Não foi assim comigo e espero que, caso leia-os, também não seja assim contigo, pois Lisbeth é uma criatura quase-real: Stieg Larsson presenciou o estupro de uma garota com esse nome e não reagiu, daí veio a história da garota que era maluca. Genial, just.
Mas não é bem sobre os livros que eu quero falar, mas sim das adaptações do primeiro livro, Män som hatar kvinnor (Millennium, os homens que odiavam as mulheres, no Brasil). Adaptação feita em 2009 pela Yellow Bird com Noomi Rapace como Lisbeth Salander e Michael Nyqvist como Mikael Blomkvist, sob a direção de Niels Arden Oplev. Aliás, essa adaptação não chegou ao Brasil, até onde consegui pesquisar.
O que chegou até nós foi a segunda adaptação, vinda do filme sueco, The girl with the dragon tattoo, com Rooney Mara e Daniel Craig como Lisbeth e Mikael respectivamente, dirigidos por David Fincher. Sim: um filme baseado em outro filme, baseado em um livro. Irônico que isso tenha acontecido com um dos meus filmes preferidos.
Adaptações são sempre um desastre, que me desculpem os que gostam. Nunca encontrei - e acredito que de fato sequer exista - uma que faça jus ao livro. Especialmente livros longos, como esses. Nem Harry Potter e Senhor dos Anéis escapam a isso. Os livros são sempre melhores que os filmes, sem qualquer dúvida. O legal do filme é que podemos visualizar melhor a história, somente. Ainda assim, há alguns que passam longe de cumprir a premissa básica, no meu ponto de vista. Enfim.
O filme americano eu vi primeiro, antes de ler o livro. Achei lindo! Lisbeth em seus um e cinquenta metro me seduziram, com cabelo punk e sombra preta. Tornou-se uma das minhas personagens preferidas dos livros. Acredito que ter assistido o filme antes de ler o livro tenha tido tanto um lado bom, quanto um ruim. O bom: eu já conhecia a história. O ruim: eu já conhecia a história e isso prejudicou o ritmo de leitura, porque admito que pulei partes 'chatas' em busca de uma versão original da história. Ainda assim, o livro é muito bom e muito digno.
Depois que li o livro, assisti o filme de novo para entender a burrada que eles fizeram alterando o final. Fala sério! O original era mil vezes mais plausível do que o que colocaram! Fiquei realmente decepcionada com o roteirista, embora a culpa seja em parte do diretor, também. Superei.
Ontem, dia 18/março, terminei o download do filme original, sueco. Foi um sacrifício do capeta conseguir legendar, mas valeu a pena - ou não. Primeiro de tudo: achei Noomi super chatinha, longe de ser a tresloucada antissocial da Lisbeth original. Sei que a imagem que a Rooney passou como Lisbeth me marcou bastante e isso com certeza pesou, mas reparando no filme, parece que ela queria sempre ser 'do grupinho' e não o f@#a-se que Larsson deu a entender que era. Imaginei um belo poker facesob a maquiagem.
Com relação ao roteiro, preciso dizer que em comparação com o holiwoodiano é bem mais fiel (com muitas exceções) para com o original, mas é chatinho, para não dizer coisa pior. O ritmo na primeira parte é rápido demais, as cenas são curtas e um tanto confusas, sem falar que eu juro que não entendi a cena do encontro com Dragan Armanskij e Dirch Frode. Como assim 'leia o relatório'? Hã? Em compensação, achei Michalis Koutsogiannakis bem melhor encaixado como Dragan do que Goran Višnjić, embora esteja claro no livro que a ascensão dele foi bem rápida. Aliás, todos os personagens mais velhos ficaram melhor apessoados nesse filme que no outro, como um todo. A única exceção que faria seria para Marika Lagercrantz como Cecilia Vanger.
A conclusão da experiência: norte americanos sabem fazer uma boa propaganda, sabem fazer cenas de ação inteligentes e bonitas, mas são jovens e 'bem conservados' demais para certos papéis. Suecos são interessantes.
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Filme de 2009 |
O que chegou até nós foi a segunda adaptação, vinda do filme sueco, The girl with the dragon tattoo, com Rooney Mara e Daniel Craig como Lisbeth e Mikael respectivamente, dirigidos por David Fincher. Sim: um filme baseado em outro filme, baseado em um livro. Irônico que isso tenha acontecido com um dos meus filmes preferidos.
Adaptações são sempre um desastre, que me desculpem os que gostam. Nunca encontrei - e acredito que de fato sequer exista - uma que faça jus ao livro. Especialmente livros longos, como esses. Nem Harry Potter e Senhor dos Anéis escapam a isso. Os livros são sempre melhores que os filmes, sem qualquer dúvida. O legal do filme é que podemos visualizar melhor a história, somente. Ainda assim, há alguns que passam longe de cumprir a premissa básica, no meu ponto de vista. Enfim.
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Filme de 2011 |
O filme americano eu vi primeiro, antes de ler o livro. Achei lindo! Lisbeth em seus um e cinquenta metro me seduziram, com cabelo punk e sombra preta. Tornou-se uma das minhas personagens preferidas dos livros. Acredito que ter assistido o filme antes de ler o livro tenha tido tanto um lado bom, quanto um ruim. O bom: eu já conhecia a história. O ruim: eu já conhecia a história e isso prejudicou o ritmo de leitura, porque admito que pulei partes 'chatas' em busca de uma versão original da história. Ainda assim, o livro é muito bom e muito digno.
Depois que li o livro, assisti o filme de novo para entender a burrada que eles fizeram alterando o final. Fala sério! O original era mil vezes mais plausível do que o que colocaram! Fiquei realmente decepcionada com o roteirista, embora a culpa seja em parte do diretor, também. Superei.
Ontem, dia 18/março, terminei o download do filme original, sueco. Foi um sacrifício do capeta conseguir legendar, mas valeu a pena - ou não. Primeiro de tudo: achei Noomi super chatinha, longe de ser a tresloucada antissocial da Lisbeth original. Sei que a imagem que a Rooney passou como Lisbeth me marcou bastante e isso com certeza pesou, mas reparando no filme, parece que ela queria sempre ser 'do grupinho' e não o f@#a-se que Larsson deu a entender que era. Imaginei um belo poker facesob a maquiagem.
Com relação ao roteiro, preciso dizer que em comparação com o holiwoodiano é bem mais fiel (com muitas exceções) para com o original, mas é chatinho, para não dizer coisa pior. O ritmo na primeira parte é rápido demais, as cenas são curtas e um tanto confusas, sem falar que eu juro que não entendi a cena do encontro com Dragan Armanskij e Dirch Frode. Como assim 'leia o relatório'? Hã? Em compensação, achei Michalis Koutsogiannakis bem melhor encaixado como Dragan do que Goran Višnjić, embora esteja claro no livro que a ascensão dele foi bem rápida. Aliás, todos os personagens mais velhos ficaram melhor apessoados nesse filme que no outro, como um todo. A única exceção que faria seria para Marika Lagercrantz como Cecilia Vanger.
A conclusão da experiência: norte americanos sabem fazer uma boa propaganda, sabem fazer cenas de ação inteligentes e bonitas, mas são jovens e 'bem conservados' demais para certos papéis. Suecos são interessantes.
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